Luísa chegou a casa. Estava desvastada. Tudo o que queria era fugir. Mais uma vez o namorado tinha feito um cena de ciúmes no meio da rua, obrigando-a a regressar a casa. Dirigiu-se à janela para respirar... Reparou no marco do outro lado da rua... E porque não partir mesmo?
Quando reparou, o namorado já tinha saído para ir ao café. Era a sua oportunidade. Decidiu fazer as malas e escrever uma carta. Ele ainda demorava, Luísa sabia-o. Este era o conteúdo da carta...:
Enquanto te temia tudo corria bem. Pelo menos para ti. Mas agora tudo acabou. Por este meio digo-te-o. As palavras que me dirigiste... Hei de me lembrar delas toda a minha vida. Ou, pelo menos, até ser feliz. Pois acredito que a felicidade regressará, seu reles cobarde. E ninguém me baterá mais. Agora que parto deixo-te estas palavras para que possas reconhecer os teus erros. Ela chegar-te-á muito depois de ter partido. Não me procures, pois não saberias onde me encontrar. Tudo o que quero é esquecer-te. Esquece-me também, se o puderes. Com todo o amor me despeço.
Luísa.
Terminada a carta, pegou nela, nas malas e dirigiu- ao marco do correio. Deixou lá a carta e chamou um taxi pelo telemóvel. Onde ia? Até um lugar longe daí. Devido ir até aos comboios, ir embora, simplesmente.
Ana Sophya Linares
Ana Sophya Linares
Sem comentários:
Enviar um comentário