segunda-feira, julho 16, 2018
O monstro em mim
No fundo do espelho eu te vejo. Será que te reconheço? Passaram anos e ainda vejo a criança em mim.
Ainda me lembro da brincadeira que fazíamos. De nos esconder-nos dela, debaixo da mesa, atrás da porta, no armário…. Riamo-nos tanto. Foi nessa altura que o monstro que há em mim despertou. Comecei a achar engraçado picar-te com agulhas, ferir-te com navalhas… Tu não te queixavas, sempre foste valente. Foi fácil infligir-te dor, pois, por mais que doesse, tu querias sempre mais, mais, mais…
Olho-me no espelho e vejo as marcas. Pois tu sempre foste eu…
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