O bolo

Tudo o que ela queria era provar aquele bolo.
- Parece delicioso. - Ela disse.
Seu neto concordou. Mas ela não tinha dinheiro suficiente, mais tarde ela precisaria ir no autocarro para casa e, se ela comprasse aquele bolo, teria que ir a andar para casa.
Ela decidiu não comprar o bolo, claro. Ela comprou o necessário para ela e seu neto e foi para a paragem de autocarro. Lá, o neto fez perguntas.
- Por que não compraste o bolo? Parecia tão bom.
- Sim, meu querido. Mas como voltaríamos para casa? Andando? Estamos a dez quarteirões de distância de casa. E as minhas pernas não são as mesmas de antes.
Perto deles, havia um homem ouvindo as queixas do garoto. Ele chegou perto e disse para o rapaz.
- Diga-me, como era esse bolo?
O garoto descreveu-o.
- Parece delicioso. Quem sabe? A vida nos dá surpresas. - disse o homem, quando o autocarro chegou.
Os três entraram no autocarro. O homem sentou-se lá atrás, enquanto a avó e o neto se sentaram na frente do autocarro. Ninguém falou durante a viagem. Quando chegaram a sua paragem, eles saíram do autocarro. O homem misterioso também saiu na mesma paragem. De uma distância segura, ele observou onde a avó e o garoto viviam. Mais tarde, ele retornou ao autocarro.
Algumas horas depois, a avó descansava quando a campainha tocou. Ela foi até a porta. Atrás havia o homem misterioso com o bolo.
- É uma oferta.
- O que você quer? - Perguntou a avó, desconfiada da boa ação do homem.
- Quero ver você e o seu neto feliz.
A avó olhou nos olhos do homem e disse.
- Eu acredito em você.
Eles comemoraram como era uma festa. Uma festa de apenas três pessoas: a avó, o neto e o misterioso homem. Depois disso, a avó foi descansar novamente, enquanto o homem e o neto limparam a sala e os pratos. Antes de descansar, ela disse ao homem.
- Muito obrigado. Isso significou o mundo para o meu neto. Por muitos anos eu não tive dinheiro para fazer uma festa adequada para ele. E você veio do céu e nos ajudou.
- Eu fui uma criança como ele. Eu entendi ele. Eu também perdi os meus pais, não fui criado muito bem por parentes. Eles fizeram o que poderiam. Essa é minha retribuição.
- Agradeço novamente. - Disse a avó.
E ela descansou, um sono do qual ela nunca acordaria. O homem esperou com a criança pela ambulância e pelos serviços sociais, nunca o deixando sozinho.
- O que vai acontecer comigo? - Perguntou o garoto.
- Tu sobreviverás. Apenas lembra-te. Devolve ao universo o amor que tu tens dentro de ti. Tudo vai dar certo, acredita em mim.
O homem e a criança apertaram as mãos e cada um seguiu seu destino ...