Havia uma
rapariga chamada Joanne. Ela era muito quieta e, quando perturbada, enervada,
costumava dizer ‘A minha irmã está a observar.’, olhando, depois, para uma
janela vazia. Ninguém entendia porquê. Nunca a haviam visto com a tal irmã. Ela
costumava passear, falando sozinha, dando a mão ao ar…
- Aquela
rapariga é estranha. – Costumavam dizer os vizinhos.
Mas tinha
6 anos, talvez fosse um amigo imaginário.
Até que
começou a revelar factos sobre a ‘irmã’. Tinha dezasseis anos, era loura com
olhos castanhos, nervosa, medrosa. Mas muito protetora. Os pais de Joanne
vieram a saber disso, até que falaram que, um ano antes de Joanne nascer, a
irmã dela morreu. E era tal e qual como ela a descrevia.
- Ela era
assim, tal e qual. – Disse a mãe.
- Que
aconteceu com ela? – Perguntou um vizinho.
-
Matou-se… - Respondeu a mãe.
Mas a
versão de Joanne era diferente. Tinha sido assassinada. E, sem ninguém saber, a
irmã incumbira-a de matar quem a tinha matado, quem, por seu silêncio a havia
levado a um fim trágico: os seus pais.
E um dia
aconteceu. Joanne esperou que os seus pais se fossem deitar. Depois, seguiu as
instruções da irmã. Foi buscar a arma do pai ao escritório dele, onde ele a
tinha guardado. Depois, voltou a subir as escadas, foi ao quarto dos pais e
disparou sobre eles…
Quando a
polícia, alarmada pelos vizinhos, chegou, encontraram-na sentada na frente da
casa, com a arma na mão. Depois de verificarem o cenário, e depois dos serviços
sociais chegarem, perguntaram-na porque tinha feito isso. Ela respondeu.
- Porque a
minha irmã pediu. Não a veem? Ela está aqui, coberta do seu sangue, porque os
nossos pais não a ajudaram.
Os
policias olharam uns para os outros, não viam ninguém para onde ela apontava.
Então, foi decidido pedir o mais urgente possível uma consulta clinica de
psiquiatria, para lhe fazer ver que os fantasmas não existem…
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