segunda-feira, novembro 05, 2018

Para lá da visão, capítulo 14








Após Marcos pegar a chave, ficou a observar a empregada a se ir embora. Voltou para dentro de casa. Ia precisar de ajuda, pensou ao observar o corpo do padre. E já que João estava envolvido na história...

- Estou, João? - Disse Marcos no celular.

- Oi, meu irmão. Como está? - Disse João.

- Estou bem. Preciso da sua ajuda.

- Caraça. Sabe, estou meio ocupado...

- Não vem com essa, não. Eu sei o que você fez, Célia me contou. Em breve ela sairá do empregego, você vai pegar ela e deixa-la com a menina. Depois vem até aqui.

- Aqui, onde?

- À casa do padre. - E Marcos cortou a ligação.



- Tinha de dizer o que tinha acontecido? - Disse João para Célia quando a pegou.

- Peço desculpa, mas ele tinha meu cartão, ele percebeu que se passou. João, ele vai nos ajudar.

- Vai...

- Espera aí, passa na loja antes de ir até casa.

- Para quê?

- Você tem comida em casa? Ela comeu?

- ...

- Pois, bem me parecia.

João levou ela até à loja. Lá, ela escolheu alguns produtos alimentícios, pagou e saiu.

- Não me vai ajudar com os sacos, não? - Reclamou Célia.

- Sim, claro. - Disse João, agarrando em dois sacos.

Já no carro, João falou.

- Você comprou muita coisa. Nem sabe quanto tempo vamos ficar com Joanne.

- É verdade. - Disse Célia. - Não sei o que será dela...

- Ela precisa ir na escola, está na idade. Não pode ficar eternamente escondida.

- Tem razão. Mas como faço para a proteger?

- Nós haveremos de ter um plano.


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