Já no
hospital, onde foi observada, não encontraram nada de anormal nela. Como era
demasiado nova, não a podiam mandar para a prisão. Pelo que prolongaram o seu
internamento. Tentaram questionar familiares para ficar com ela, mas todos se
recusaram, por ela ter assassinado os próprios pais. Como tal, os meses
passaram. Silencio absoluto, era o que Joanne sentia. Desde a morte dos seus
pais que tinha deixado de ver a sua irmã. Até que, uma noite, acordou com uma
estranha sensação de estar acompanhada. Acendeu a luz do quarto e, ali, a um
canto, estava a irmã.
- Sarita,
que fazes aqui? - Disse a menina, sussurrando.
Foi também
num sussurro que veio a resposta.
- Fizemos
mal... Eles estão aqui.... Comigo. - Disse Sarita, apontando para a parede
oposta.
Joanne
olhou para lá e viu os seus pais, de braços abertos.
- Filha,
porque nos mataste? Nós amávamos-te...
Joanne
correu para a cama e escondeu-se debaixo dos lençóis. Precisava de ajuda, mas
quem iria acreditar nela?
- Filha...
- Ouviu Joanne.
Agarrou-se
mais aos lençóis, temendo que lhe fossem fazer mal. No entanto, o som parou e,
no que lhe pareceu séculos, minutos depois apareceu uma enfermeira para
verificar o estado de Joanne.
- Oi,
mocinha, tudo bom? - Perguntou a enfermeira. - Porque está debaixo da coberta?
Tem medo de algo?
- Eles
estavam aqui, mesmo aqui. - Disse Joanne.
- Quem?
- Os meus
pais.
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