Marcos
estacionou o carro á porta da propriedade do pai de Célia. Dirigiu-se ao
portão, onde toco à campainha.
-
Segurança da mansão Abrantes. – Disse um segurança pelo intercetor.
- Sim,
daqui é Marcos Afonso, detetive da delegacia número um. Precisava falar com o
senhor Bernardo Abrantes.
- Tudo
bem, vou abrir o portão. – Disse o segurança.
Conforme o
portão abriu, o segurança foi ao encontro de Marcos, para o levar ao encontro
do pai de Célia. Bateu na porta, que foi atendida por um mordomo. Deixou-o
entrar, seguido de perto pelo segurança. O segurança bateu aporta do
escritório, sendo recebido por uma secretária. Depois de explicar ao que vinha,
deixou o Marcos entrar.
- Tudo
bom? – Perguntou Bernardo Abrantes.
- Tudo
ótimo. – Respondeu Marcos Afonso. – É assim, estou aqui por causa da sua filha.
- Sei. Que
fez ela desta vez?
- Desta
vez?
- Sim, que
fez ela?
- Bem,
estou eliminando suspeitos de um rapto de uma criança…
- Sei.
Aquela que deu na televisão?
- Essa
mesma. Ela foi sua enfermeira.
- Sim, e o
que isso tem a ver? – Perguntou Bernardo.
- Bem, ela
a foi visitar. Horas depois, a menina desapareceu. E depois encontra-mos o
cartão de enfermeira dela no quintal dos avós de Joanne… - Respondeu Marcos.
- Sim, ela
não é bem pra das ideias. Sempre com ideias de salvar o mundo. Veja lá, me
trazia animais abandonados para cuidar. Vá lá que sempre dei um jeito de eles
desaparecerem, definitivamente, se é que me entende. Mas não revele isso para
ela. Ela pensa que eles estão em um lar melhor – e, de certa maneira, estão.
Marcos
sentiu-se enojado com a conversa de Bernardo e fez questão de demonstrar esse
sentimento.
- E me
diga, que isso tem de mal? – Perguntou Marcos.
- Ué, eu
sou um homem de boas relações. Mas sou conhecido por não ter escrúpulos no
momento da negociação. Não podia ceder a um capricho de infância. Tinha de os
fazer desaparecer. – Respondeu Bernardo.
- E só por
isso acha sua filha tresloucada?
- Sim. E é
muito, não lhe parece?
- Não.
Parece-me que você é um homem sem escrúpulos mesmo, nojento, fanfarrão. Eu que
descubra provas do que diz e o enfio, eu próprio, na cadeia. ‘Tá certo.
- Hahaha.
Nunca vai é descobrir nada. Antes disso eu acabo com você, combinado? Passe
bem, a porta da rua é serventia da casa.
Bernardo
levantou o braço para se despedir de Marcos com um aperto de mãos, mas este
virou as costas e não o aceitou. Agora compreendia o cuidado de Célia para com
as outras pessoas. Ela era amor. O seu pai era bruto e, muito provavelmente,
agressivo. Ela não demonstrava as suas mágoas, mas tinha-as. Nem sabia como
tinha aceitado o agrado do pai para a ajudar a entrar no hospital. Era claro
que não se sentia bem vivendo com o pai na mesma casa, por isso alugara uma
casa distante, enquanto não ganhava dinheiro suficiente para comprar uma.
Sentiu pena dela. Menina rica com um pai assim. Mas ela superara-se, agora
sabia que tinha de ajudá-la seriamente, pois mais ninguém o faria, com exceção
de João e o primo deste. Que será que eles estavam planeando?...
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