segunda-feira, novembro 05, 2018

Para lá da visão, capítulo 12








A polícia entrevistou a dona Manuela. Depois de algumas perguntas básicas, puseram-se a investigar o quintal, o quarto de Joanne e a casa em si. Depois de algumas horas, encontraram algo no quintal. O detective olhou para o objecto, pediu perdão, que tinha outro compromisso e retirou-se.



Célia, no hospital, estava a cuidar de uma senhora idosa quando ouviu chamarem pelo seu nome à recepção. 'Que estranho.', pensou. Dirigiu-se à recepção, então.

- Sim, chamaram-me... - Disse Célia, prontamente interrompida.

- Célia, como está? Nunca mais a vi desde aquela noite. - Disse o homem.

- Peço desculpa, estou a trabalhar, não tenho tempo para isto. - Disse Célia, atrapalhada.

- Também venho a trabalho. - Disse ele, mostrando o distintivo. - Vamos falar num local mais privado, sim?

Célia assentiu. Dirigiram-se à rua, ao pé do carro de Marcos, o detective.

- Então, o que te traz por cá? - Perguntou Célia.

- Foi encontrado este cartão do hospital perto de uma janela do quarto de uma menina desaparecida. Penso que te pertence. - Disse Marcos.

- Não sei de que estás a falar? Desaparecida!? Eu fui ontem ver a Joanne, se é dela que te deveres. Devo ter perdido na altura...

- Sim, a avó falou-me disso. Mas, sabes, o meu instinto não me engana. Tu sabes algo sobre isso. Podia te levar agora mesmo para a delegacia. Mas algo me diz que, se o fizeste, tens uma boa razão para isso. Porque não me contas a história?

- Nem sei do que estás a falar, eu não fiz nada...

- Célia. Fala.

Vendo a atitude de Marcos, não lhe restou outra hipótese a não ser falar. E contou tudo.

- Tu tens noção do que fizeste? Tudo por causa de um exorcismo? E o João está metido nisso? Onde está o padre? - Perguntou Marcos.

- Não sei, em casa. - Respondeu Célia.

- Não sei como vou fazê-lo, mas vou vos ajudar. Mas tens de me garantir que vais procurar ajuda para ti, sim? Tu precisas.

- Ok.

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