João
chegou na casa dos pais e deixou Célia lá. Deixou a chave com ela. Célia tentou
agir normalmente enquanto caminhava para a entrada, sem chamar muito a atenção.
Havia uma vizinha por perto, que se aproximou.
- Boa
noite, menina.
- Boa
noite.
- Cheia de
compras, é? Pensa ficar aqui muito tempo?
- Não sei,
algum. O tempo que for preciso. E, peço desculpa, mas isso não é da sua conta.
- Que
rude. Só vinha cuidar se precisava de algo.
- Não é
preciso nada não, estou bem assim.
- Mas está
tendo dificuldades com os sacos. Deixa que eu ajudo.
- Não é
preciso, não. Vai quebrar suas costas...
Nisto, a
porta abre-se.
- Oi,
estava esperando você. Demorou. - Disse o homem.
- Sim... -
Disse Célia, confusa.
- Dona
Maria, como vai? Sou Valter, o primo do João.
- Credo,
me provocou um susto. Oi, Valter. Bem, vos deixo.
- Está
bom. Foi um prazer. - Disse Valter.
Mal ela
virou costas, pegou nos sacos, ajudando Célia, e disse.
- Meu
primo me chamou, contou o sucedido. Vá, entra depressa.
- Tudo
bem...
Lá dentro
estava Joanne, descansando. Via-se que tinha chorado. Célia largou os sacos que
ainda levava e avançou até ela, fazendo festas na sua nuca. Joanne acordou.
- Célia! -
Disse a garota, feliz.
- Sim,
sou. Que passou?
- Tenho
fome. Só me deram um pedaço de pão...
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