- O que se
passa? - Perguntou Célia para Joanne. - Quem te abriu a janela?
- Foi
Sarita... - Respondeu Joanne. - Ela quer que eu fuja...
- Mas
porquê? Quem te fez mal? Teus pais? O teu pai?
- Não...
- Então
quem?
Joanne
ficou calada.
- Queres
falar comigo em privado?
Joanne fez
que sim com a cabeça. Chegou ao quarto, deitou-se, abraçada a Célia.
- É
verdade que havia câmaras no hospital, que, às vezes, são desligadas? -
Perguntou Joanne.
- Quem te
disse isso? - Perguntou Célia.
- O João.
- Respondeu Joanne, abraçando-se mais a Célia, que se deixou ficar fazendo
cafuné na cabeça de Joanne. Uma pergunta ia na sua mente. Porque é que João
teria dito uma coisa dessas?
No dia
seguinte, Maria da Cruz estava a falar com um policial à porta da casa do padre
José, a qual havia aberto. Marcos passou por perto. Ia de óculos escuros e com
um novo corte de cabelo e uma roupa mais desportiva. Tinha pedido o carro
emprestado a um colega, dizendo que só precisava dar uma volta. Não os
conseguia ouvir, o que lhe causava alguma irritação. Farto, continuou em frente
e foi até um café. Lá chegado, pediu uma água e, usando o telemóvel
descartável, telefonou para João. João não atendeu, pelo que decidiu lhe mandar
uma mensagem a avisar quem era, para lhe ligar. João ligou.
- Estou,
cara? Mil perdões, não reconheci o número. - Disse João.
- É normal
não reconheceres, é novo. Podemos nos encontrar? Tenho informações novas sobre
Célia. Precisamos ajudar ela a desaparecer com Joanne. Ah, e outra. A empregada
do padre já denunciou o seu desaparecimento.
- E daí?
Não me podem ligar ao caso.
- Podem,
se me apanharem e eu abrir a boca. Portanto, porta-te bem. Senão não vos
poderei ajudar.
- 'Tá bom,
então. Manda o local por mensagem que é para não me esquecer. Já vou ter
contigo.
- Está
bem, tchau.
Sem comentários:
Enviar um comentário