segunda-feira, novembro 05, 2018

Para lá da visão, Capítulo 18








Voltaram a casa do padre, pois era lá que o carro de João estava. Marcos aproveitou e deixou a chave da casa do padre debaixo do tapete. E deixou uma mensagem num envelope, que encontrou na casa do padre, para a empregada. Dizia onde estava a chave.

João foi para casa dos pais e Marcos para sua casa, tomar um duche e dormir um pouco, antes de voltar ao serviço.

João abriu a porta sem dificuldade. Esta rangia um pouco e, conforme a abriu, uma vizinha veio à rua varrer. 'Mas as pessoas não dormem?', pensou. Entrou dentro de casa sem dar conversa à vizinha.

- João. - Disse uma voz dentro de casa.

Era Célia.

- Que fazes acordada? - Disse João.

- Não conseguia dormir. Tenho andado preocupada com o futuro de Joanne.

- Trabalhas amanhã?

- Não.

- Optimo. Tirei uns dias de férias. De vias tirar também. Amanha falamos. Tenta dormir.

- Ok.

Foram para a cama. A casa tinha diversos quartos, mas Célia foi dormir com Joanne, apesar do medo de tornar a ver Sarita.

Joanne acordou. Viu Sarita e os pais juntos, num canto do quarto. O padre também estava com eles.

- Já não tenho medo. - Sussurrou Sara.

E desapareceram. Célia acordou repentinamente.

- Ui, que frio. - Disse Célia. - Mas esta casa não tem aquecimento? Vou procurar uns cobertores no armário.

Joanne estava assustada, mas não o demonstrava. Célia encontrou os cobertores e pô-los na cama sobre elas. Abraçou Joanne e tornaram a dormir.



Marcos não conseguia descansar. Estava atormentado. Algo lhe dizia que alguma coisa ia correr mal. E o seu instinto raramente falhava. Levantou-se, foi tomar outro duche e tomou o pequeno-almoço. Eram quase 6:30 da manhã. Entrava às sete. Foi para o trabalho, preocupado. Assim que entrou, foi chamado pelo chefe ao gabinete.

- Entra, senta-te. - Disse o chefe.

Marcos sentou-se numa cadeira.

- Diga, chefe.

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