Célia não
saiu derrotada. Esquivando-se aos chefes, foi até ao gabinete de segurança,
onde estava as gravações do quarto onde havia estado. Apenas um segurança se
encontrava lá, de momento. E esse segurança devia um favor a Célia.
- Olá. -
Disse Célia.
- Ah? Olá.
- Disse o segurança.
- Preciso
que me vejas uma coisa.
- Não
posso, Célia. Sabes que tenho de vigiar o hospital todo.
- Saí com
o teu amigo, como me pediste, no outro dia. Ele gostou. Por isso, deves-me este
favor. Vê as filmagens no quarto da Joanne, há uma hora atrás.
- Podes me
fazer perder o emprego, mas está bem...
Viram as
filmagens. Viram Célia a dormir. E viram um estranho vulto aproximar-se de
Célia, até esta acordar.
- Não
estou louca. Nem ela. - Disse Célia. - Obrigada.
- De nada,
sempre às ordens... - Disse o segurança.
Célia
voltou ao serviço, normalmente. Queria ver como Joanne estava, mas sabia que
isso agora não era possível. Teria de esperar.
Joanne
estava a descansar. Era quase de manhã quando acordou. Da sua janela gradeada
conseguia ver o nascer do sol. E era tão lindo. De repente, apercebeu-se que,
somente quando se matasse, aquelas visões assustadoras parariam. Mas como o
fazer naquele quarto? Apenas quando almoçava e jantava lhe traziam uma faca de
papel. Joanne tinha medo, mas havia de ter coragem.
Chegou o
almoço. Trouxeram-lhe o comer, conforme esperado. Ninguém ficou a observar,
tinham confiança nela. Mal a porta se fechou, começou a serrar os pulsos, até
fazer sangue. Sim. Em breve faria companhia a Sarita. Até que uma enfermeira
entreabriu a porta, para ver como ela estava.
- Joanne,
estás bem?... O que estás a fazer!? Ajuda! Ela está a tentar cortar os pulsos!
Em breve
uma horda de enfermeiros chegou lá para a ajudar. Os ferimentos não eram
profundos, pelo que foi possível salvá-la.
Sem comentários:
Enviar um comentário