- Então,
como estão as coisas? – Perguntou Célia.
- Tudo
bem, estávamos a ter uma conversa interessante. – Disse o padre. – Ela estava a
contar-me coisas sobre a sua irmã. Principalmente, que ela se encontra na nossa
companhia.
Célia e João
sentiram um arrepio.
- Não sei
se gosto disto… - Disse João.
- Por
favor, fica. Precisamos de ti.
João
hesitou. Mas acabou por concordar ficar.
- Que
precisam? – Perguntou João.
-
Precisamos que nos ajudes a amarrá-la à cama. – Disse Célia
- Mas que
tirania! Ela é apenas uma criança.
- Por
favor, é necessário. – Disse o padre. – Não sabemos o que vem aí.
- Está
bem…
A menina
foi pelo pé dela até ao quarto de hospedes. Era lá que iria ser realizada o
exorcismo. João amarrou-a bem à cama, dando alguma liberdade de movimentos à
pequena Joanne. Depois, quando acabou, o padre, já com a batina vestida, abriu
o seu livro de exorcismo e começou. Joanne, conforme o padre ia dizendo as
palavras, começou a contorcer-se na cama. João e Célia estavam assustados.
Até que
Joanne mudou de cara, parecia morta, como se tivesse sido enterrada, sufocada.
Depois, gritou.
- Quem se
atreve a me incomodar? Daqui não saio!
- Como te
chamas, filha de Deus? – Perguntou o padre.
- Sara, a
esquecida. Daqui não me tiram. Ela vem comigo para o além.
- Credo,
não era isto que esperava. Parece saído de um filme… - Interrompeu Célia.
- Cale-se.
Estamos a comunicar. – Disse o padre.
De
repente, a cara do padre também começou a mudar, enquanto Joanne acalmava e
mudava para a normalidade.
- O que é
que se passa?... – Perguntou João.
- Acho que
interrompi a ligação, que o espirito está agora a possuir o padre. Rápido,
ajuda-me a libertar a Joanne.
- ELA É
MINHA!!! – Gritou o padre.
João, para
proteger Joanne e Célia, lutou contra o padre possuído, que o atirou para o
outro lado da sala. Vendo que o padre possuído se dirigia a Célia, levantou-se
e chamou-o.
- Vem
aqui. É comigo que queres lutar, Sara.
O padre
olhou para ele e avançou contra João. Lutaram. Quando estava quase a atirá-lo
contra a parede outra vez, não teve outra hipótese senão sacar da faca de mato
que tinha consigo e degolar o padre.
- Oh meu
Deus, que fizeste? – Disse Célia.
-
Desculpa, tinha de vos proteger.
- Que
fazemos agora? – Perguntou Célia.
- Vai com
ela para o carro, que eu fico a limpar isto. Vai!
Célia e
Joanne foram.
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