Vendo que a empregada está de saída, Marcos
começa a sair do seu 'esconderijo'. O chefe, vendo a forme como ele está a
agir, fica intrigado e decide se aproximar dele.
- Marcos. - Diz, de repente, o chefe bem
alto.
- Sim, chefe. - Diz Marcos visivelmente
assustado.
- Que fazes aqui? Porque não foste ainda
investigar o caso da menina desaparecida?
- Peço perdão, chefe. Esqueci-me de uma
coisa.
- Que coisa?
- Deixa para lá, deixei em casa mesmo. Vou
indo. - Diz Marcos, saindo do escritório.
À saída, a empregada do padre ainda se
encontra lá, numa paragem de autocarro, esperando para ir para casa. Marcos sai
e a empregada avista-o, sem ele perceber. Mas ela reconhece-o de imediato. E
pensa se ele terá algo a ver com o desaparecimento do padre. Com medo que a
polícia esteja envolvida, decide ir para outra paragem de autocarro esperar o
ônibus, apesar do seu estar prestes a chegar.
Marcos sai e pensa onde ir. A verdade é que
a investigação aponta para Célia. É a única pista fiável. Terá de ir ao
hospital entrevistar colegas dela, pois sabe que ela se encontra de férias sem
vencimento. Um carro passa por Marcos no parque de estacionamento. Marcos tem a
sensação de já o ter visto. 'Estarei a ser seguido?', pensa Marcos.
Marcos vai ao hospital. Informa na recepção
ao que vai. Encaminham-no diretamente para o escritório da direção da
enfermaria.
- Pois não, o que deseja? - Pergunta o
chefe de gabinete.
- Queria
pedir-lhe informações sobre a enfermeira Célia Abrantes.
- Com
certeza, estou à sua disposição. Precisa de documentação?
- Sim,
tudo o que tiver sobre ela.
O chefe de
gabinete entrega-lhe a documentação toda, incluindo uma avaliação
psicológica...
-
Fizeram-lhe uma avaliação psicológica? - Pergunta Marcos.
- Fazemos
a todos. Mas, se reparar bem, ela tem duas avaliações. Chumbou à primeira.
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