Chegadas
ao automóvel, esperaram. Visto ser tarde, Joanne descansou. Enquanto isso,
Célia estava bem desperta. Quando o dia começou a raiar foi quando João
apareceu. Trazia um casaco meio aberto, pois era demasiado apertado. Era do
padre, com certeza. Ele pretendia não chamar a atenção para o sangue na sua
camisa.
- Vamos. -
Disse João.
- Onde? Eu
tenho de ir trabalhar. Mas não podemos deixá-la de volta na casa dos avós. Nem
posso deixar de ir trabalhar, associam logo ao desaparecimento dela. Portanto,
vamos onde? - Disse Célia.
- A casa
dos meus pais.
- Tu moras
com os teus pais?
- Não,
eles faleceram anos atrás. Mas a casa é minha, não tenho irmãos. Só um tio que
às vezes quer disfrutar da casa. Mas é melhor primeiro levar-te ao hospital. O
caminho é longo, irias faltar. Eu levo a Joanne e vou te buscar num local
combinado, à tarde.
- Ok. -
Disse Célia.
Entretanto,
Joanne acordou.
-
Descansa, querida. Em breve estarás protegida. - Disse Célia.
E
explicou-lhe o que se iria passar.
- Tudo
bem? - Perguntou Célia.
Joanne
encolheu os ombros e fez que sim com a cabeça.
- Tenho
fome. - Disse Joanne, de seguida.
- Toma,
tenho uma barra de cereais. Come, querida. - Disse Célia.
João
levou-a como combinado ao hospital. Ao chegar lá deu por falta do cartão de
entrada, mas deixaram-na trabalhar mesmo assim.
Na casa
dos avós de Joanne, o alvoroço era grande.
- Mas onde
será que se meteu? Joanne! - Gritou a avó.
- Olha,
que se lixe a miúda, vou trabalhar. - Disse o avó.
-
Fernando, não é bem assim. Vou ter que chamar a polícia.
- Faz o
que quiseres, Manuela.
- Mas não
queres estar cá em casa quando ela vier?
- E faço o
quê? Não sejas maluca. Vou é trabalhar que já estou atrasado.
- Pronto,
como quiseres... - Disse Manuela, a avó de Joanne.
Fernando,
o avô, deu um beijo na esposa e saiu. Manuela telefonou à polícia, que foi
rápida em chegar.
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